segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Menina Bonita do Laço de Fita - Maria Clara Machado Adaptação minha

Menina Bonita do Laço de Fita
De
Ana Maria Machado





Personagens:

Menina negra
Coelho Branco
Dona Gata
Mamãe Negra
Coelhinha Preta


Narrador: Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva.

(Entra a menina toda serelepe)

Narrador: Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar.

(entra a mãe com uma laço de fitas)

Mãe: Minerva, já pedi para você parar quieta! Como você quer ficar bonita para quando seu pai chegar?
Minerva: Ah mãe, meu pai me acha linda de todo jeito. Eu sou a princesa dele.
Mãe: É mas toda princesa que se preze tem que seguir algumas regras de etiqueta... Não andar descalça, fazer a lição de casa, obedecer a mamãe e principalmente deixar que eu coloque o laço no seu cabelo.
Minerva: Ta bom, ta bom!

Narrador: Do lado da casa dela morava um coelho branco, de orelha cor-de-rosa, olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando.

(entra o coelho e olha pela janela)

Gato: Que foi seu coelho? Esta ai suspirando com cara de bobo. O senhor esta com dor de barriga é?
Coelho: Ah Dona gata, não é linda?
Gata: Que isso seu Coelho! Não fica bem sou uma gata casada. Sei que sou linda e cheirosa, mas o senhor não precisa sair falando...
Coelho: A senhora não, estou falando da garotinha.
Gata: Ah, bem é engraçadinha. (com ciúmes)
Coelho: Acho que ela é a pessoa mais linda que já vi em toda a minha vida.
Gata: Já vi mais bonitas. ( com despeito)
Coelho: Quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Gata: Esta ai um coisa impossível de se ver!
Coelho: Por que?
Gata: Ora você é branquinho como a neve!
Coelho: E daí?
Gata: Daí que você só pode fazer filhotes branquinhos no máximo cor de mel e olhe lá!
Coelho: Ah por favor dona Gata! Não me diga uma coisa dessas! A senhora esta partindo o meu coração.
Gata: Ora seu coelho, mas é a mais pura verdade. São as leis da “física”! Dois corpos não podem possuir a mesma cor no mesmo espaço já que antes de P e B só se usa M!
Coelho (parecendo confuso): Como é?
Gata: Leis da física!
Coelho (parecendo assustado): Leis da física...

Narrador: O coelho ficou muito triste, coitado. Tão triste que nem chocolate, nem sorvete e muito menos pipoca o animavam. Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:

Coelho: Menina bonita do laço de fita qual o teu segredo para ser tão pretinha?
Minerva: Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...

Narrador: O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente.

Coelho (todo orgulhoso):
Aham Aham.
Gata: Boa tarde. Em que posso ajuda-lo?
Coelho: Não esta me reconhecendo, dona gata?
Gata: Nunca o vi mais gordo!
Coelho: Na verdade a senhora já me viu mais branco.
Gata: Acho que não. Olha adoraria ficar para conversar, mas esta com cara de que vai chover. Preciso ir entrando. Nos gatos detestamos água. Brrrrr
Coelho: Dona gata! Sou eu o senhor coelho!
Gata: Não é possível! Senhor Coelho, isso é um milagre do altíssimo! Como o senhor conseguiu?

(Começa a chuviscar.)

Coelho: Simples. Perguntei a menina qual o segredo para ela ser tão pretinha e ela falou que caiu num balde de tinta quando pequenina... (começa a sair a tinta)
Gata ( faz cara de desdém): Sei, então o senhor se jogou no balde de tinta também?
Coelho: Isso mesmo! Viu como sou esperto?
Gata: Acho melhor o senhor sair da chuva.
Coelho: Por que?
Gata: Porque toda essa “negritude” vai acabar indo por água abaixo, se é que o senhor me entende...

(O coelho olha para si mesmo e percebe que a tinta esta escorrendo. Fica desolado)

Gata: O senhor é teimoso! Eu não havia dito que é impossível o senhor ter um filhote pretinho? O senhor achou que era mais fácil “empretecer” o senhor mesmo?
Coelho: Ah Dona Gata, se eu ficar pretinho poderei ter uma filhinha linda como ela.
Gata: Não seja tolo homem. Leis da física...
Coelho: Leis da física...

Narrador:
E o Coelho continuava desapontado. Ele queria tanto ter uma filhinha pretinha da cor da jabuticaba. Ficava se imaginando todo prosa passeando ao lado de sua coelhinha pretinha. Todas as pessoas na rua olhando admirados como a cor dela ela era linda! Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:


Coelho: Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
Narrador: A menina não sabia. Pensou um minuto e inventou:
Minerva: Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.


Dona gata lambe as patas graciosamente estirada no chão.
O Senhor coelho passa correndo segurando as calças.

Gata: Senhor Coelho! Senhor Coelho! Que pressa é essa?
Senhor Coelho (apressado): Só um minuto, Dona Gata! Estou muito apertado, digo apressado, digo... um momentinho.

Coelho se esconde atrás de uma árvore. Ouve-se barulho de xixi. A gata faz cara de impaciente e ofendida pela pouca educação do Coelho.

Dona gata:
Francamente, Senhor Coelho! Que falta de modos!
Senhor Coelho: A senhora me desculpe. Não deu para segurar. (bocejando)
Dona Gata: Nossa, que cara de sono.
Senhor Coelho: Eu não dormi bem a noite passada.
Dona Gata: O que aconteceu?
Senhor Coelho: Bom, fui até a casa da menina do laço de fita e perguntei seu segredo para ser tão pretinha.
Dona Gata: Não me diga que é passar as noites em claro!
Senhor Coelho: Não senhora! Ela me falou que quando era pequenina bebia muito café.
Dona gata: E daí?
Senhor Coelho: Daí que eu fui à padaria do seu Joaquim e encomendei 50 xícaras de café expresso.25974415
Dona Gata: Pelo amor de Deus, homem! Que maluquice.
Senhor Coelho: Pois é. Passei a noite em claro e fazendo xixi.
Dona Gata: Meu amigo, eu já falei que é impossível. Melhor você desistir dessa idéia.
Senhor coelho: Ah, mas eu quero tanto uma filhinha pretinha que nem ela...
Dona Gata: Leis da física, Senhor Coelho.
Senhor Coelho (irritado): Leis da física!
Dona Gata: O senhor tem que desistir dessa idéia...
Senhor Coelho: Dona gata, a senhora vai ter que me desculpar...
Dona Gata: O que foi?
Senhor Coelho: Acho que o café ainda não desceu todo, com licença!


Narrador: O coelho continuava desolado e cabisbaixo. Seu sonho era bem mais difícil do que ele imaginava. O que fazer agora? Deixar toda essa bobagem para lá e se conformar de que nunca teria uma filhinha pretinha como a Minerva? Ou acreditar no sonho e continuar tentando? Teimoso como o quê, o Senhor Coelho achou melhor perseverar. Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:

Senhor Coelho: Menina bonita do laço de fita qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
Minerva: Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.


Dona Gata (servindo-se de chá sentada em sua cadeira): Amigo coelho, que bons ventos o trazem?
Senhor Coelho (pesadão): Ah, Dona Gata! Nem me fale em “ventos”!
Dona Gata: Por que não? O senhor não viu que dia lindo, que brisa maravilhosa e ... ( ouve-se um barulho de gases) Cruz credo, senhor Coelho! O senhor esta podre é?
Senhor Coelho (sem graça): A amiga vai me desculpar, não estou me sentindo muito bem...
Dona gata: Então sente aqui ao meu lado e tome uma xícara de chá.
Senhor Coelho (ainda mais sem graça): Não, obrigado.
Dona Gata: O que é isso? O amigo não vai me fazer essa desfeita.
Senhor Coelho: Estou precisando fazer um pouco de exercício! (agacha imitando um polichinelo e ouve-se outro barulho de gases) Opa, desculpe.
Dona Gata: Senta ai de uma vez e me conta o que aconteceu.
Senhor Coelho: Bom, sentar não vai dar, mas posso te contar em pé mesmo.
Dona Gata: Isso esta me cheirando ah uma de suas maluquices.
Senhor Coelho: Cheirando é? Realmente, jabuticaba tem um cheirinho forte mesmo, pior do que ovo com macaxeira!
Dona Gata(impaciente): Conte logo o que aconteceu!
Senhor Coelho: Estive lá na casa da menina bonita e perguntei seu segredo para ser tão pretinha.
Dona Gata: De novo! O Senhor não desiste nunca?
Senhor Coelho: Vai me deixar terminar a estória?
Dona Gata: calma, calma... Não precisa ficar estressado.
Senhor Coelho: Ela falou que comeu muita jabuticaba quando criança. Passei a tarde inteira deitado debaixo do pé de jabuticaba ao ponto de não ter espaço para mais nenhumazinha sequer. Era colocar uma pra dentro “saia outra para fora”!
Dona Gata: Não precisa me dar a imagem visual!
Senhor Coelho: Passei a noite no banheiro. O máximo que consegui foi fazer um cocozinho preto e redondo feito jabuticaba, mas escurecer minha pele que é bom nada! Agora acho até que vou precisar de uma cirurgia plástica... To todo “afolozado” não consigo nem sentar.
Dona Gata: Senhor Coelho! Que coisa mais feia para se dizer... tem crianças aqui.
Senhor Coelho(olhando para audiência): Oh, me desculpem! Não vi vocês ai... ( outro barulho de gases) Oh, desculpem novamente.
Dona Gata: Lei da física, meu amigo! Não se esqueça.
Senhor Coelho (encarando a gata com ar de zangado, bate os dedos nervosamente na mesa) Leis da física!! Estou ficando de saco cheio disso!

O coelho se retira zangado. Vários barulhos de gases são ouvidos.


Narrador: Teimoso, chateado,e muito frustrado, o Senhor Coelho resolve voltar na casa da menina e perguntar mais uma vez (narrador faz voz de aborrecido).


Senhor Coelho (irônico): Menininha linda do meu coração, do laço de fita mais bonito de todo o mundo.
Minerva: O que foi Senhor Coelho?
Senhor Coelho: Será que você podia, de uma vez por todas me dizer qual o segredo para você ser tão pretinha?
Minerva: Hum... deixa eu pensar... já sei! Quando eu era pequenina...
Mamãe: Minerva, já chega. Pare de inventar estórias para o senhor Coelho.
Minerva: Ah, mamãe é divertido!
Mamãe: Não tem graça fazer as pessoas de bobas, minha filha.
Senhor Coelho: Fazer as pessoas de bobas? Quer dizer que a tinta...
Minerva: Não.
Senhor Coelho: O café?
Minerva: Não não.
Senhor Coelho: E a jabuticaba?
Minerva: Lógico que não.
Senhor Coelho(tristonho): Então, esse tempo todo a Dona Gata tinha razão? Eu não posso ter uma filhinha pretinha como você?
Minerva: Acho que não.
Senhor Coelho: Eu sou um coelho burro mesmo! Como pude ficar me enganado dessa maneira, achando que seria possível? Leis da física! A dona Gata bem que me avisou, mas eu teimoso do jeito que sou não quis ouvir, nem acreditei. Burro! Burro!
Mamãe: Ora, vamos Senhor Coelho, não seja tolo. Não há nada de errado em perseguir um sonho. Devemos acreditar sempre!
Senhor Coelho: A senhora acha mesmo?
Mamãe: Claro! O senhor quer uma filhota pretinha e sapeca como a minha?
Senhor Coelho: É tudo que mais quero.
Mamãe: Então acredite que o senhor irá conseguir!
Senhor coelho: Então é possível?
Mamãe: É sim.
Senhor Coelho: Então qual o segredo? Devo me jogar no pixe? No carvão? Comer bastante chocolate?
(mamãe e Minerva se entreolham impacientes)
Minerva: Isso, isso! Quando eu era pequenina fazia todas essas coisas e...
Mamãe: Minerva, eu já falei para parar com isso.
Minerva: Desculpe mamãe!
Senhor Coelho: mas qual o segredo para eu me tornar preto e ter uma filhinha pretinha que nem ela?
Mamãe: O senhor é o que é. Nunca poderá mudar sua cor, ou sua raça. Ser branquinho assim é bonito também. Deus nos criou a todos individualmente de maneira especial. Cabelos crespos, lisos, ondulados, loiros, ruivos, gorduchos ou magricelas, pretos, branco e índios! Essa diversidade é o que torna o mundo mais bonito. Não queira mudar quem você é.
Senhor Coelho (como que absorvendo uma grande verdade): A senhora esta certa. Puxa, bonito isso que falou. Mas sendo assim, como poderei fazer uma filhinha preta?
Minerva: É, como mamãe?
Mamãe: Sabe porque você tem essa cor, meu amor?
Minerva: Acho que sim.
Mamãe (olhando para o coelho): Artes de uma avó preta que ela tinha.

Narrador: Aí o coelho – que era bobinho, mas nem tanto – viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.



Senhor Coelho se esbalda de dançar em uma rave de bichinhos. Tum tz tum. Eis que surge a mais linda coelhinha preta que ele já viu na vida. Seu coração dispara. Ele resolve se aproximar e puxar assunto.

Narrador: Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.

Senhor Coelho: Oi, vem sempre aqui?
Coelha Preta: Não, essa é a minha primeira vez.
Senhor Coelho: Puxa, você é mesmo muito linda!
Coelha Preta: Ah, você também é uma gracinha.
Senhor Coelho: Quer dançar comigo?
Coelha Preta: Mas nós já estamos dançando seu bobo!

Narrador: Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais. Tinha coelho para todo gosto: branco bem branco, branco meio cinza, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado. E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço, sempre encontrava alguém que perguntava: - Coelha bonita do laço de fita, qual teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia: - Conselhos da mãe da minha madrinha...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O caso da professorinha desaparecida!


(Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos ocorridos na vida real é mera coincidência...=))

Era uma vez uma professora de inglês chamada Ester. Ela foi cocntratada por uma escola para substituir uma professora que havia sido afastado do cargo por motivo de depressão. Ester na verdade era a terceira em apenas um semestre. "O cargo esta amaldiçoado, professora!", brincou um de seus alunos logo noprimeiro dia de aula.

Desde o começo, Ester pôde perceber que havia um problema interno de comunicação. Os funcionários da tarde não eram os mesmos que os da manhã. A escola não possuía um sistema de e-mail seguro, do tipo que tem notificação de recebimento.

Pegou as turmas num caos total. Alunos com zero de média porque a professora anterior estava de TPM, sei lá... Ester tentou de todas as maneiras no pouco tempo que lhe foi dado, elaborar apostilas para o pré-vestibular, fazer revisão com turmas completamente desniveladas, elaborar provas em cima de provas, simulados e ainda ter que burlar os "excluídos digitais" da secretaria. A escola não possuía entrada de USB em seus computadores para levar suas provas em PENDRIVE, a pobre Ester não tinha gravador de cd e seu Drive de disquete estava completamente destruído! Como enviar as provas então?

Graças ao Senhor existe e-mail!

Só que esse método é muito fácil de virar "embromation"! Tanto pelo lado que envia quanto pelo que recebe.

"Ah, mas eu enviei o e-mail!"
"Ah mas eu não recebi!"

Quem fala a verdade?

Isso aconteceu diversas vezes até se instaurar um clima de antipatia entre escola e professor.

Então, pobre Ester, um belo dia descobre que sem mais nem menos havia perdido suas turmas da tarde.

"Resolvemos sacrificar o curso de línguas..." ouviu sua BIG Boss falar.

"Tudo bem, pelo menos o salario desse mês esta garantido.", pensou ela. Qual não foi sua surpresa ao chegar no banco e perceber que faltava 50 reais do valor total de seu salario.

"Mas Dona Escurinha (nome da chefona), esta faltando 50 reais do meu salario..."
"Não posso fazer nada. A escola esta sem dinheiro. Os alunos não pagam."


Ester teve que engolir aquele sapo. Foi para casa cabisbaixa e se deparou com seu prédio em chamas. Subiu as escadas, pegou sua filha de 4 anos e seu cachorro e ficou na calçada olhando o fogo consumir suas coisas.

Pediu licença no dia seguinte. Continuou trabalhando nas duas semanas posteriores tendo que voltar para casa no final do dia e encontrar um apartamento queimado e tomar banho na casa dos vizinhos.

Ela poderia ter pedido uma licença médica, ou ter procurado um manicomio ou algo do tipo. Preferiu aguentar, o ano estava acabando mesmo...

Quinta a noite, entra no MSN às onze e encontra a mensagem de um aluno: "Professora, o passeio foi cancelado e pediram que eu avisasse a senhora que amanhã vai realmente ter aula!"

Como assim? A escola possui seu telefone de casa, telefone celular, e-mail, celular de ex-marido e endereço como foi que um aluno que por acaso tem seu msn ficou esponsável por lhe dar o recado? Nessa altura já havia dispensado a babá e não poderia tornar a chama-la... Culpa da Ester? Acho que não.

Semana de provas! Ah que maravilha! A professora elabora um teste mamão com açúcar para seus alunos. Envia, por e-mail, as 3 provas que faltavam. Apareceu na escola na quarta, resolveu problema dos boletins que foram queimados pelo incendio em seu apartamento e voltou para casa.

O telefone toca!

"Senhora Ester? Aqui é do seguro... o responsável vai estar em seu ap na sexta. A senhora pode receber?"

Hum... sexta Ester tem prova, mas um fiscal pode aplica-la. Segunda também tem prova, mas a reforma do ap começa. Ester senta na frente do pc e escreve:

" Querida fulana,

Não poderei comparecer... sexta e segunda... vão começar a reforma do ap..."


Ester sente uma ligeira inquietação. Será que deveria pagar a babá na sexta e segunda deixando-a responsável por olhar a obra e ir pra escola mesmo assim?

Uma escola que não paga e não esta nem aí?
Uma escola que "esquece" de avisar ao professor que ele deve dar aula porque o passeio previsto foi cancelado?

Pensa melhor e resolve economizar a graninha da babá. Fica em casa na sexta e na segunda.

Sexta a noite o aluno que possui seu msn comenta:

Vascaíno Roxo diz: Naum teve prova. A escola falou que naum conseguiu imprimir sua prova...
Prof Ester diz: Como assim? Não receberam ou não imprimiram?
Vascaíno Roxo diz: Não imprimiram. Teve um problema lá de impressão...

A professora acha aquilo tudo muito estranho, mas se a escola não tivesse recebido a prova teriam se comunicado... telefone residencial, celular, e-mail, endereço, sinal de fumaça...

Na quarta chega um telegrama:

Compareça ao endereço tal para assinar aviso prévio.

Ah... olha só... quando a gente tem interesse em se comunicar consegue de alguma forma não é verdade?

E a Prof. Ester se pegou pensando no porque daquele telegrama não ter chegado antes com a seguinte mensagem:

Pelo amor de Deus a prova não chegou!!!!

Ou como já disse antes... até mesmo sinal de fumaça.

Depois disso foi um tal de aluno ter que pagar o pato... "Ah porque as notas não chegaram... ah porque o problema de barata da escola é culpa da professorinha desaparecida... Ah porque as hemorróidas de fulana também são culpa dela..."

Ester ficou muito chateada por seus alunos... Só que aluno tem pai e mãe para defender. Aluno tem seus direitos. Aluno não pode ficar sem nota!!! Então a Prof. Ester resolveu juntar os trabalhos e envia-lospara a escola, afinal papel é documento, não é?

E a professorinha desaparecida, coitada, que não tinha desparecido nem nada virou uma lenda urbana! Fizeram até em sua homenagem o dia de malhar a professora desaparecida!

E a professora Ester sentiu até um calafrio ao lembrar das palavras do seu querido aluno no primeiro dia de aula: "... esse cargo é amaldiçoado..." E por onde será que anda a Profesorinha antiga?

Tzz Tzz coisa mais feia.

Entrou pela perna do pato,
saiu pela perna do pinto!
Seu rei mandou dizer que vosmicê conte mais cinco!


>>>>>>>>>>>>>>>THE END<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Simple Present

O Simple Present é feito com a forma infinitiva do verbo da qual nos tiramos o TO. Esta forma do verbo é chamada de raiz ou forma base.


TO WORK (infinitivo) WORK (forma base)

O Simple Present indica uma ação habitual ou uma verdade geral.

Ex.: You read every day. (habitual)



Ex.: I work every morning.
Does Susan dance every weekend?
We don’t swim everyday.

Special Cases

Nas afirmativas com as pessoas he, she, it deve-se observar os seguintes casos:

1) Se o verbo terminar em Y precedido de consoante, troca-se o Y por IES.
To try = He tries to study every day.

2) Se o verbo terminar em CH, SH, S, X, O ou Z acrescentamos ES.
To teach = She teaches in the United States of América.


Short Answers

Do you work every day? Yes, I do. Does he watch TV all night? Yes, he does. No, I don’t. No, he doesn’t.